quarta-feira, 16 de janeiro de 2013 | |

Mais do mesmo - o "modus brasiliensis"

Os bastidores da eleição para o comando da Câmara Federal (Henrique Alves, do PMDB-RN, favoritíssimo) e do Senado (Renan Calheiros, do PMDB-AL, favoritíssimo) são apenas um lembrete de que o recente julgamento do mensalão pelo STF (Supremo Tribunal Federal) não significou uma mudança definitiva nas práticas pouco republicanas da política nacional. Pode ter sido, no máximo, um primeiro passo. Importante, mas ainda assim um primeiro passo.

Alves está envolto numa denúncia que, se encontra respaldo na lei, esbarra na moralidade e dá o tom de como funciona o Congresso. O experiente deputado – o mais antigo da Casa em tempo de mandato – consegue verbas para emendas de sua autoria. O dinheiro é repassado a prefeituras, que contratam para prestação do serviço e/ou obra prevista na emenda uma empresa que pertence justamente a um assessor do deputado.

No caso de Calheiros, é desnecessário lembrar o episódio que levou à renúncia dele à presidência do mesmo Senado anos atrás após denúncias de corrupção (na época, ele admitiu ter cometido “apenas” caixa dois). Basta uma procura na Internet para se informar melhor a respeito.

São estas duas pessoas - com apoio da base aliada do governo e, meio que a contragosto, da presidente Dilma Rousseff (PT), refém das práticas brasilienses, e também da oposição – que devem comandar o Legislativo brasileiro a partir de fevereiro.

O Brasil realmente está mudando? Em que ritmo, afinal?

A sociedade precisa ficar de olho!

PS: em Limeira, recentes nomeações no governo Paulo Hadich (PSB) sinalizam que os critérios técnicos nem sempre predominam, por mais que o então candidato e hoje prefeito tenha repudiado certos acertos políticos durante a campanha eleitoral de 2012.

0 comentários: